Fomento a produção


Prêmio de Cinema em Longa-Metragem


Criado em 1998, o projeto contempla a premiação de projetos inéditos de filmes em longa-metragem, no formato 35mm, a serem realizados por produtoras de cinema sediadas no Estado do Rio Grande do Sul. Os projetos contemplados recebem um valor em dinheiro para a realização dos filmes, visando, assim, fomentar a produção cinematográfica no Estado.

Lançado por meio de um edital, o concurso analisa os projetos concorrentes através de uma comissão julgadora, sendo essa formada por representantes de sete entidades: Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul (APTC-ABD/RS); Conselho Estadual de Cultura (CEC); FUNDACINE RS; Rio Grande Energia (RGE); Secretaria de Estado da Cultura (SEDAC); Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas no Rio Grande do Sul (SEEC RS) e Sindicato da Indústria Audiovisual do Rio Grande do Sul (SIAV RS). A comissão analisa os projetos com base em critérios de originalidade e qualidade do roteiro, currículo do diretor e da empresa produtora, competência técnica da equipe básica, viabilidade técnica do orçamento e do projeto de execução propostos e estratégia promocional do filme.

O concurso é hoje considerado um dos maiores prêmios do país e um dos mais importantes da América Latina. Concebido após uma ampla discussão com todas as entidades do setor audiovisual gaúcho, até a terceira edição, teve como principal parceiro o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, uma vez que os recursos concedidos foram disponibilizados através da Lei de Incentivo à Cultura. Opatrocínio, até então, foi da empresa Rio Grande Energia - RGE, através das Leis Federais e Estadual de Incentivo a Cultura. Além disso, distribuiu mais de R$ 12 milhões para a realização de nove projetos de longa-metragem gaúchos.

Na primeira edição, cujo resultado ficou conhecido em dezembro de 1998, foram premiados três projetos com R$ 1.100.000,00 (um milhão e cem mil reais) cada. Entre eles, os longas-metragens Tolerância, de Carlos Gerbase; Netto Perde sua Alma, de Beto Souza e Tabajara Ruas; e Concerto Campestre, de Henrique de Freitas Lima. Na segunda edição, realizada em 2001, o valor do prêmio subiu para R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais), R$ 1 milhão deste montante pago pela RGE. Foram contemplados três novos projetos de longa-metragens: O Homem que Copiava, de Jorge Furtado; Diário de Um Novo Mundo, de Paulo Nascimento; e Extremo Sul, de Mônica Schmiedt e Sylvestre Campe. A terceira edição foi lançada em 2004 durante o 32º Festival de Cinema de Gramado. O concurso pagou um prêmio ainda maior que nas edições anteriores, considerando que cada projeto vencedor recebeu R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), sendo que R$ 1.100.000,00 foi viabilizado pela LIC (Lei de Incentivo à Cultura) e R$ 400 mil pela Lei do Audiovisual. Os projetos vencedores foram Fuga em Ré Menor para Kraunus e Pletskaya, de Otto Guerra; Insônia, de Beto Souza; e Quase um Tango Argentino, de Sérgio Silva.
 
Em 2012, a FUNDACINE objetiva realizar a quarta edição do concurso, tendo o formato mais abrangente do que as edições anteriores. Será considerada a subdivisão dos prêmios, como por exemplo entre as etapas de realização, produção, finalização; subdivisão de gêneros como documentários, ficção, animação entre outros. A possível alteração visa contemplar maior número de projetos e fomentar diferentes áreas do setor.

No momento, a FUNDACINE busca possíveis parceiros e investidores para a viabilização do projeto e pretende aprová-lo tanto na LICRS quanto na Lei Rouanet, de forma complementar.